O WhatsApp surgiu e conquistou muita gente. O aplicativo gratuito – que envia e recebe mensagens, textos e arquivos de voz – tem pelo mundo mais de 800 milhões de usuários e é provável que você e seus clientes façam parte desse número. O uso do WhatsApp na fisioterapia entretanto, trouxe diversos desafios no que tange o relacionamento entre fisioterapeuta e paciente.
Mas por que?
É evidente, que, por se tratar de um aplicativo gratuito, muitos profissionais de todas as áreas passaram a utilizá-lo, seja para falar com pacientes, clientes, demandar trabalhos e também para trocar casos com outros profissionais.
O que muitos usuário não sabem porém, é que o WhatsApp até fevereiro de 2014, não tinha troca segura de informações até ser comprado pela rede social Facebook. Com a aquisição, iniciou-se uma mudança na atualização do aplicativo para que a troca de mensagens fosse realizada de maneira criptografada, isto é, segura. Ou seja, muitos profissionais da área da saúde enviaram e receberam conteúdos sem possuírem os dados assegurados, o que viola a relação de privacidade do paciente no caso do uso do WhatsApp na fisioterapia.
Porém, mesmo que o softaware apresente segurança, e que ainda não haja menção dele nas normas, é importante priorizar a ética que declara que as informações dos pacientes são confidenciais, o que não combina muito com a usabilidade e funcionalidade proporcionada pelo aplicativo. E mais, é recomendo que as redes sociais sejam utilizadas apenas para fins educacionais e não para troca e/ou compartilhamento de informações pessoais do paciente.
Foram criadas, então, 3 regras de ouro da ética nos meios digitais
Com conteúdo bastante específico, e por se tratar de troca de informação entre paciente de medicina, odontologia e fisioterapia, o Conselho Federal de Medicina do Pará abriu um parecer sobre o WhatsApp que apresenta as seguintes conclusões:
- Consulta por mídias sociais (WHATSAPP, e-mails, etc…) não se constitui ato médico completo.
- Se realizada a anamnese e o exame físico, a critério do médico ou fisioterapeuta e em acordo prévio com o paciente/responsável, este poderá enviar resultados de exames ou novas informações por meio-eletrônico.
- Como não se trata de ato completo, o profissional não poderá receber remuneração por suas orientações/prescrições, se o fizer.
Não sabemos quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) incluirá normas específicas para a utilização do aplicativo. Entendemos que, com o crescimento da base e a alta demanda dos pacientes, essa seja uma ferramenta cada vez mais utilizada.
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